segunda-feira, 21 de maio de 2012

LONDON, LONDON...


"I'm wandering round and round, nowhere to go
... London is lovely so
I cross the streets without fear
Everybody keeps the way clear..." 
(Caetano Veloso)

Quantas vezes estive em Londres? Não sei, não lembro bem... Não, não tou com amnésia, mas sei que no final dos anos 80, enquanto morava em Madrid, fui mais de uma vez por lá... Lembro que cruzei mais de uma vez o Canal da Mancha by boat, lembro que em uma das vezes estava com um de meus irmãos, ex-cunhadas (existe isso? hehehe!), etc. e tal, e claro com meus filhotes...

Eu e meus filhote no Hyde Park. Foto escaneada de nossos álbuns...
Trafalgar Square. Os dois filhotes, um primo deles (logo na frente) e my brother (the youngest)
Na coleta de dados pra minha tese de doutorado, estive também por lá, alone... Anos depois, fui de novo, participar de um curso patrocinado pelo Conselho Britânico... Outra vez, estive por lá num congresso... Sei lá mais...

Mas, vou contar agora da minha mais recente ida, em agosto de 2011, onde Londres era uma das cidades que fazia parte do roteiro de uma viagem comemorativa do "niver" de meu husband. Roteiro esse, composto por Edinburgh, Londres, o famoso trem Orient-Express, Veneza e Roma. Ah, e Lisboa veio "de quebra" por um problema da TAP...

Vamos lá!

Chegando...

Em Edinburgh, nossa cidade número 1 do roteiro da viagem citada, pegamos um trem pra Londres. Chegamos, então, na Estação Kings Cross, que ficava um pouco distante de nosso hotel e pegamos um daqueles belos táxis pretos ingleses! 

No táxi...
"London is lovely", verdadeiramente amável! Adoro aquelas casas típicas, suas ruas limpas e o verde que impera numa cidade grande, mas que preza pela conservação de seus parques... 

Curtindo o táxi inglês e a cidade, lá fomos nós até nosso hotel, que na verdade era um B&B.

Quando tava fazendo o plano da viagem, além de outras fontes pequisei no livro "Mil Lugares Para Conhecer Antes De Morrer" (de Patrícia Schultz), e em sendo Londres um desses lugares, fui direto para as páginas relativas a essa cidade! Lá, encontrei um monte de dicas, incluindo dicas de hotéis, e esse B&B que escolhemos (Cartref House) estava citado lá, entre outros tipos de hotéis. 

Vínhamos de um hotel de luxo em Edinburgh e parecia um pouco arriscado tentar um Bed e& Breakfast, mas com a indicação do tal livro e querendo passar por experiências diversas, resolvemos correr o risco. Afinal, também li vários comentários bons, na internet, sobre o mesmo ... Um hotel agradável com um bom café da manhã e pessoas bastante simpáticas! Conferi!

Em frente ao B&B Cartref House
A localização é ótima. Rua tranquila, parece mais de moradores londrinos, embora tenha percebido outros B&Bs na vizinhança... Pertinho do Palácio de Buckinghan e outros pontos turísticos mais. Bom pra andar a pé explorando os arredores. Além de tudo, cheio de bares/pubs e bistrôs muito legais por perto!

Bom, chegamos no nosso B&B e registramos um incômodo: não tinha porta do banheiro pro quarto, aiaiai... Tinha um arco bem charmosinho, acho que era uma varanda antes... Tinha uma vista legal pro quintal com flores e uma macieira com maçãs vermelhas... Mas, não tinha porta, meu Deus! Depois do espanto e de muitas risadas, nos adaptamos a tal situação e passamos a ver o lado bom do lugar!

Deixamos nossas coisas, trocamos de roupa, etc. e tal, e fomos andar por Londres...

Um lugar de Fantasmas!

Com a fome que estavamos fomos direto em um dos pubs planejados, que estava próximo ao nosso hotel. Andamos um pouco, talvez uns vinte minutos e lá chegamos. Vale salientar que andamos o tempo inteiro por ruas arborizadas, vendo um parque ali e outro acolá, até que nos deparamos com um "beco" muito charmoso cheio de casas legais e mais árvores ainda! E flores, muitas flores! Lá no final, avistamos o tal pubThe Grenadier

Adorei o lugar e seu entorno! Um único bar numa ruazinha estreita arborizada e florida, no meio de casas legais. Um monte de londrinos lá fora tomando cerveja e alguns lá por dentro...
O pub The Grenadier, com suas árvores em volta...
Só que uma das características desse bar, além de boa cerveja e bons petiscos, é a fama que habitam fantasmas por lá! E eu sabia disso, mas na hora havia esquecido! Essa foi boa, porque senão eu iria "fazer medo" a Sant (my husband) que não gosta lá muito de assombrações não! Vale um parênteses: nem eu, mas se tiver alguém comigo, a história é outra. Adoro! hahaha!

Bom, by the way, adoro lugares com história! Assim, curtimos o pub, dentro e fora. Petiscamos algumas salsichas com boas cervejas, e fomos embora, pois tínhamos um jantar marcado no restaurante mais antigo de Londres...

"Atirei o Pau no Gato"...

Doidices a parte, fomos jantar no The Rules, o mais antigo restaurante londrino (desde  1798) e com uma bela história. Parte dela conta que Charles Rule, um descendente do fundador, estava pensando em se mudar para Paris e, por coincidência conheceu Tom Bell, um britânico que possuía um restaurante parisiense chamado Alhambra, e os dois homens decidiram trocar as empresas por um tempo... Isso aconteceu antes da primeira guerra mundial...
Olha aí!
Ao longo de sua história o Rules foi frequentado por escritores, artistas, advogados, jornalistas, atores (como Clark Gable e Charlie Chaplin), e grandes talentos literários, incluindo Charles Dickens.

O restaurante é especializado em ostras e comidas de caça. Eu comi deliciosas ostras de entrada, e depois um "grouse" o prato mais famoso do The Rules e que só tem em determinadas épocas. O "grouse" é aquele pássaro que tem no whisky "The Famous Grouse", lembram? Pelo que andei lendo é uma perdiz vermelha. 

Meu prato principal: "Roast New Season Grouse"
"De quebra" Sant ganhou outra sobremesa de aniversário (por todas as cidades que passamos, nessa viagem, ele teve direito a bolos ou sobremesas com velinhas e tudo mais!).

Mas, até agora vocês devem tá se perguntando: Por que diabos esse sub-título? Bem, vou explicar. O nosso garçon era super simpático! Lá pras tantas chegou na nossa mesa pra dizer que sabia cantar uma música brasileira. Imaginamos algo como um samba, bossa-nova, algo assim... Mas, eis que o cara começa a cantar e sai a música: "atirei o pau no gato, to to, mas o gato, to to, não morreu...". Pode? 


E fomos andar por aí...

O dia seguinte, foi um dia de grandes andanças. Saímos em direção ao Palácio de Buckingham que ficava a uns dez minutos a pé... No caminho encontramos vários pubs com flores nas fachadas. Aliás, Londres está cheia de flores... Muito legal!
Flores nos pubs...
Em frente ao Palácio...
De lá, fomos a Abadia de Westminster (cenário de quase todas as coroações dos reis da Inglaterra), e passamos pelo Big Ben* e o  Parlamento que tá tudo pertinho um do outro. 

Por lá havia um pessoal protestando numas barracas, acampados (fomos na época dos protestos iniciados no bairro de Tottenham, que se espalharam para outras regiões da cidade, palco de saques e confrontos violentos). Apesar da divugação forte da mídia sobre esse caso, a única coisa que vimos foram esses protestos pacíficos fotografados abaixo...
*"O Big Ben, ao contrário do que muitos pensam, não é o famoso relógio do Parlamento Britânico, nem tão pouco a sua torre. É o nome do sino, que pesa 13 toneladas e que foi instalado no Palácio de Westminster..."
Lojinha da Westminster Abbey: é pra rezar ou comprar? hehehe!
O Parlamento, a Torre do Relógio (e o Big Ben?), e a esquerda barracas de "protestos"... 
Onde está o Big Ben?
Caminhando mais pra frente, chegamos na Ponte de Westminster  ... e ao cruzá-la vimos uma roda gigante: a London Eye. Não resisti e disse pra Santiago: "Vamos?".  Fomos! Negócio é o seguinte: Em Paris ele tinha me chamado pra ir numa roda gigante que fica pela Place de la Concorde, Jardins de Tuileries... e eu "amarelei". Não fui! Bom, em Londres tive uma oportunidade de compensar...

London Eye: Aqui fomos nós...
...e o Parlamento visto lá de cima!
Depois, continuamos caminhando à beira do Rio Tâmisa, em direção a Tower Bridge! Nesse dia andamos um tempão! 

Desde o começo já avistávamos a famosa Ponte (Tower Bridge), mas chegar lá, era outra coisa... Enfim, chegamos, cruzamos a Ponte da Torre, passamos em frente a Torre de Londres e fomos em direção a Catedral de Saint Paul. Antes de chegar lá, paramos pra almoçar, pois a fome já tava nos matando!  

Ao passar pelos jardins da Torre vimos uma noiva fotografando... Engraçado essas coisas, de uns tempos pra cá, passei a ver noivas em diversas cidades, fazendo poses pelo meio da rua. Nessa mesma viagem, vi uma em Veneza... Mas, já tou saindo do foco!

Eu, atravessando a Tower Bridge.
Uma noiva nos jardins da London Tower...
Bom, no caminho vimos uns restaurantes interessantes e escolhemos um pra almoçar. Como não podiámos deixar de provar o famoso Fish and chips, comemos o tal prato. Não aprovei, muito oleoso. Já havia comido antes, em tempo remotos (?), e nem lembrava que era assim tão gorduroso...
Pareceu legal almoçar aí!
...e com uma cervejinha (ou "cervejão"?).


Enfim, fomos direto para a Catedral. A Catedral de Saint Paul é uma catedral anglicana, cujo prédio atual é do séc. XVII, embora que o primeiro data do ano 604 d.C. Foi lá que o Príncipe Charles casou-se com Lady Diana. A cúpula da Catedral é a segunda maior do mundo (só sendo ultrapassada pela Basílica de S. Pedro no Vaticano)



Quase chegando na Catedral...
De lá, vimos um local legal por trás da Catedral. Uma praça (ou pátio) cheia de bares e lojinhas charmosas, e pra chegar até lá passávamos por uns arcos... Paramos num pub, tomamos uma cerveja e recomeçamos nossas andanças... Aliás, iámos recomeçar, mas eu cansei e resolvi pegar um táxi! Antes vi umas cerejas (que adoro!) e resolvi comprar algumas.  Deliciosas, yum yum!!! Sentei numa fonte e esperei Sant pegar o táxi...


Por trás (ou seria na frente?) da Catedral: Um pátio com lojas de griffe e pubs...
No cansaço em que estavámos fomos direto pro Bibendum, um dos bares-restaurantes que estava na nossa lista. Fica num prédio super bonito o Michelin Building (de 1911). Lá tem um café, um "Oyster Bar", um restaurante e ainda uma espécie de mercadinho de vendas de crustáceos e flores. Ficamos no bar, tomamos um vinho branco super gelado e comemos ostras deliciosas e um carangueijo enorme!!!
Olha o Carangueijo que comemos no Bibendum!
E as flores...
And The Last Day...

Bom, depois de tanto andar no dia anterior, tínhamos ainda outro progrma de andanças: Ir no Hyde Park, ir na Regent Street, Picadilly Circus, Trafalgar Square... Era muita coisa, e tudo a pé! E depois de tudo, um passeio de barco pelo Tâmisa! 

Começamos nossa caminhada e nesse dia resolvemos calçar sandálias pra poder andar mais a vontade. Resultado: Lei de Murphy. Ainda próximo ao nosso hotel, já passamos por uma loja super chique com uma vitrine fantástica, onde Santiago se enamorou de uns sapatos, e que eu também amei! Mas, pensei que fóssemos entrar ali e ninguém iria nos atender. Assim mesmo, entramos. Não só fomos super bem atendidos, como ainda tivemos altos papos com o gerente e Sant saiu de lá com seus lindos e caros sapatos "hand made" da Hield, uma loja inglesa de artigos de luxo, inovadora e com peças com designers fantásticos, fundada em 1922.
Na loja
Bom, enfim fomos ao Hyde Park e ficamos "perambulando" um bom tempo por lá...

No Hyde Park: Good life!
Depois, saímos caminhando até a Regent Street, andamos um bocado por lá, entramos na Apple (claro!) e na Loja da National Geografic. Dessa nossa caminhada fomos parar no Piccadilly Circus. Já tava na hora do almoço e vimos um restaurante por lá que parecia legal, mas pensamos que alí era local de turistas etc. e tal. De toda forma fomos ver os preços. Hoje em dia nada é tão caro pros brasileiros (que podem viajar, claro!), e enfim, resolvemos entrar! 


Na Regent St.
Piccadilly
Qual não foi nossa surpresa que ao entrar no restaurante, além de super luxuoso, tava cheio de londrinos, ingleses, sei lá. Só sei que não eram turistas! Homens de terno e mulheres com aqueles chapéus típicos ingleses e colares de pérolas. E nós de jeans e camiseta... Por incrível que pareça, nos deixaram entrar e nos trataram super bem! Um restaurante que vale a pena ir: Criterion. Depois li que lá era ponto de encontro da realeza (ainda é!), de políticos como Churchill, de artistas, de escritores e atores. Também foi cenário para o filme "Batman: The Dark Knight". Comida muito boa e serviço excelente. Vale a pena!
No Criterion.
Saindo do almoço ainda fomos caminhando até a Trafalgar Square onde ficamos um pouco tirando fotos, mas logo nos demos conta da hora do passeio do barco. Saimos de lá quase correndo pra conseguir pegar o tal passeio a tempo, pois havíamos comprado na véspera, fazendo parte de um "pacote": "London Eye + Passeio pelo Tâmisa"... 
Trafalgar Square, lotada de gente!
Chegamos a tempo mas o passeio de barco pelo Tâmisa não foi bem o esperado. Foi muito "normalzinho". Não sei se porque ja havíamos visto todos aqueles prédios e paisagens nas nossas andanças a pé, ou sei lá...
No barco...
Na volta para o hotel, também a pé, passamos em dois pubs que já havíamos visto antes: o Albert (de 1864), com garçons legais e ótimas cervejas, e o The Victoria, onde tinha um happy-hour super legal, lotado de londrinos, e onde o gerente era brasileiro! Super! 
The Albert Pub
Legal! The Victoria pub.
No pub The Victória lotado de gente que vinha do trabaho, relaxar e tomar um drink!
Finalmente, já mortos de cansados e um tanto drunks, voltamos ao hotel, mas passando antes pela Victoria Station, a estação de trem onde iríamos pegar o Expresso-Oriente no dia seguinte! Queriámos conferir pra ver onde seria o embarque etc. e tal.  



No hotel, descansamos um pouco e fomos curtir a noite por perto do nosso B&B, pelo bairro Belgravia, nos arredores da Elbury Street. Escolhemos um charmoso bar e restaurante o The Thomas Cubitt. Valeu a noite! Cheers!
Cheers!
No dia seguinte, "vestidos para matar"  tomamos nosso breakfast e pegamos nossas malas. A pé, rumo a Victoria Station, lá fomos nós! Eram apenas dez minutos caminhando e não valia a pena pegar um táxi! Chiques e a pé, foi engraçado, mas essa é nossa história! O resto dessa viagem vocês podem ler em outros textos desse mesmo blog! Good bye!
Bye London!
..."I choose no face to look at, choose no way
I just happen to be here, and it's ok 
Green grass, blue eyes, grey sky..."  (CAETANO)



------------------------------------------------------------

OBS1. Links da viagem de agosto 2011 (Lisboa - Edinburgh - Londres - Orient Express - Veneza - Roma):
1) Edinburgh:
2) Trem Orient-Express: 
3) Veneza:





terça-feira, 15 de maio de 2012

EDINBURGH: A BELEZA CINZA-FORTALEZA DA CAPITAL ESCOCESA

Edinburgh é a sede do governo nacional da Escócia e local. O Parlamento de Escócia está localizado aí... Vários edifícios de importância do governo se encontram dentro da cidade, a qual é administrada por três níveis, a prefeitura, o Parlamento Escocês e o Parlamento do Reino Unido.
Estive lá pela primeira em vez em 1988, época do famoso festival internacional de artes, música, dança e teatro, que ocorre em todos os meses de agosto. Morava em Madrid e, portanto, fui com meus dois filhotes "pela mão". 

Eu e meus "filhotes" em Edinburgh, 1988.
Faz parte desse festival, um show de bandas militares o Tattoo que tocam gaitas-de-fole! Dessa primeira vez, assisti junto com os meninos!

Uma foto  "escaneada" do nosso album, apresentação de uma das bandas do Tattoo...
A segunda vez, fui por ocasião de um curso "móvel" que fiz sobre "incubadoras de empresas e parques tecnológicos", patrocinado pelo Conselho Britânico, que percorria várias cidades do Reino Unido, começando na Escócia (em Edinburgh) e terminando na Inglaterra, em Londres. 


Finalmente, teve uma terceira vez, bastante peculiar. Aqueles prédios belos e cinzas de pedra me chamaram a atenção desde a primeira vez! O clima escocês, com altas doses de "alma" celta e whisky, pediam minha volta...


Retorno em Grande Estilo

Em 2011, voltei! 


Planejando uma viagem pra comemorar o aniversário de my husband, onde a principal atração da mesma seria o famoso trem Orient-Express que tinha Londres como ponto de partida e chegada em Veneza, aproveitei pra sugerir que o "niver" dele fosse regado a whisky "nacional".  

Daí, antes de Londres, fomos celebrar tomando whisky na Escócia! E, como seu birthday é em agosto, ainda tivemos a sorte de pegar o famoso internacional Festival de Edinburgh, que acontece justamente nesse mês, em todos os anos, desde 1947! 

O dia do aniversário iria ser passado lá, e assim, escolhemos o melhor hotel dessa viagem: O Balmoral. Muito lindo, luxuoso e parecendo mais um castelo, se destacava no meio de tantos outros prédios maravilhosos! 
Fachada do Hotel Balmoral
Foi engraçado, porque ao chegar no aeroporto e pegarrmos um táxi, o motorista perguntou onde iríamos ficar. Dissemos que seria no Hotel Balmoral! O cara olhou pr'a gente com cara de espanto e disse: very expensive! Só que ele não parou por aí e ficou repetindo mil vezes essa frase! Ou a gente tinha cara de "coitados" ou o cara tinha algum "esquema" com alguns hotéis, até porque ficou sugerindo outros... Aí, Santiago (my husband) resolveu levar a conversa na brincadeira dizendo que tinha sido um presente de aniversário, e que realmente ele não teria como pagar tal hotel, blá, blá, blá...

Risadas pra lá e pra cá, fomos admirando no caminho a paisagem e ao entrar na cidade já começamos a ver (ou rever) a beleza de seus prédios. E, quando chegamos a avistar o tal hotel, aí entendemos o motorista! Realmente era um prédio suntuoso, magnífico! Era mesmo um presente de aniversário! 

Andanças...


Bom, no nosso planejamento já constavam vários pubs, além das visitas tradicionais. Deixamos nossas coisas no hotel, e fomos direto para o Café Royal, um pub bem escocês, com aquelas letrinhas douradas na fachada e símbolos coloridos! Adoramos "de cara" a simpatia do povo, a comida, e ficamos "boquiabertos" com o menu de whisky! Uma lista enorme de whiskies, uma grande variedade, dividido por regiões (Lowlands, Campbeltown, Islay, Highlans e Speyside...).

Em frente ao Café Royal
Ostras, no Café Royal...
Lógico que nos encantamos especialmente com os puros (single) maltes. Nesse dia, já escolhemos os nosso preferidos: da Região da Ilha (Islay) com um gostinho peculiar de defumado... 
Menu de Whiskies...
Bom, nos três dias em que lá estivemos, visitamos os pontos turísticos tradicionais, nem sempre entrando em todos, mas pelo menos dando uma passada, como o Castelo, o Palácio de Holyrood, Calton Hill (uma colina com vários monumentos e onde se tem uma bela vista da cidade), o Parlamento, a Cathedral de St. Giles, entre outros locais e monumentos.

Ah, fomos também visitar o The Scotch Whisky Experience, uma espécie de "fábrica-museu" do whisky onde se pode ver simulações do processo de fabricação de whisky. Lógico que tem várias destilarias reais que se pode visitar, mas como a maioria ficava um pouco distante de Edinburgh, e tínhamos pouco tempo, optamos por visitar uma "simulação"! Tem inclusive uma famosa trilha do whisky na região de Speyside. A destilaria mais perto de Edinburgh é a Glenkinchie (single malt whisky).


Prédio do The Scotch Whisky Experience
Vale salientar que além do whisky a capital escocesa também é famosa pelas cervejas. Edinburgh possui uma importante e tradicional cervejaria, a Caledonian Brewery.

Bom, voltando a nós... 

Andamos a esmo, como diria meu pai, pela encantadora old city, pelas suas belas ruas lotadas de gente devido ao festival, parando ali e acolá... Andamos principalmente pela Royal Mile (onde tem o Castelo numa ponta e o Palácio e a Abadia de Holyrood na outra), indo num e noutro pub, a bebericar um whisky ou uma boa cerveja!!! 


Em frente ao Castelo...
Um dos pubs que fomos: O  "Deacon Brodies's Tavern". Gente demais na rua Royal Mile! 
Outro pub legal onde almoçamos uma vez:  The World's End
Vale ressaltar que a Royal Mile é sub-dividida em vários trechos com nomes diferentes:  Castle Esplanade, Castlehill, Lawnmarket, High Street, Canongate e Abbey Strand. Um dia andamos toda a Royal (desde o Castelo até o Palácio e Parlamento). De lá contornamos um "monte", chegando no final (ou começo) da Princes St. onde fica a colina Calton Hill. Subimos, e nos deleitamos com a vista...


Monumento  a Dugald Stewart em Calton Hill
Já a Princes Street, rua onde ficava nosso hotel, é uma rua tão longa quanto a Royal Mile, e fica paralela à mesma. Entretanto, é uma rua mais moderna, onde há um comércio mais "fino"  e também boa de "bater perna". Lá, lojas da moda como Virgin, Next e Gap estão na vizinhança de prédios suntuosos como a Jenners, considerada a mais antiga loja de departamentos do mundo.
Fachada da Jenners
Num dos dias, demos uma passada na Jenners, e depois fomos a um dos pubs planejados: o The Abbotsford . Em seguida, fomos passear nos jardins da Princes St, onde, além de belas flores,  tem um famoso monumento de estilo gótico ao escritor Sir Walter Scott, o qual me lembrou a primeira vez em que lá estive! 
Monumento a Sir Walter Scott, na Princes Street.
Nos jardins da Princes St.
O pub The Abbotysford
As ruas sempre cheia de gente: artistas e público, devido ao Festival. Além das apresentações formais nos teatros, a arte "vivia" nas ruas de forma mais democrática e gratuita. Numa das noites assistimos, em um dos teatros, o ballet-ópera chinesa The Peony Pavilion
Arte nas ruas
O Aniversário...


Na véspera do niver de Sant, tomamos uma champanhe Moet & Chandon e jantamos em um dos restaurantes de nosso hotel, que aliás, recomendo! O hotel tem dois ótimos restaurantes e três bares, sendo um piano-bar fantástico, que além do piano tinha também uma harpa...  Elegante! Muito inglês! Aliás, sorry, muito escocês!


Olha aí nossa champanhe!
Bom, no final, a comemoração do "niver" de Sant foi ótima! Começou desde o dia em que inciamos a viagem (em Lisboa) e só terminou na Itália, depois do famoso trem Orient-Express. Além dos vários whiskies "nacionais" que tomamos em diversos pubs e restaurantes legais, comemoramos "o dia mesmo", almoçando em grande estilo no mais antigo e luxuoso restaurante de Edinburgh,o The Witchery by the Castle
Scottish seafood platter...

...  com um bom vinho, no The Witchery!
E sobremesa de aniversário...
Comi de entrada um Haggis (sabem o que é?), senão "morria". Tava com água na boca desde que li sobre essa iguaria (e lembrei de um epsódio!), que pra algumas pessoas não deve ser nada desejável (hehehe!). Mas, pra mim tinha um sabor e uma lembrança especial: da segunda vez que estive no Reino Unido, num brunch feito por uma escocesa em Manchester, comi um haggis "de primeira", acompanhado de champanhe e outras coisas mais, pra comemorar o aniversário de Lord Byron! Chique, não? 

Bom, voltando a nossa história de agora... Pra terminar o dia caminhamos mais um pouco pela cidade... Chegamos no hotel e encontramos uma surpresa: cartão de parabéns e um "prato-bolo" com chocolates pra Santiago. 



Surpresa!
E no final...


No final das contas nem fomos ao Porto de Leith, pois pensávamos que era mais perto... E, lá iámos nós já caminhando pro Porto, quando nos demos conta que estavamos indo na direção errada... Deixa pra lá... 

Enfim, desistimos e preferimos ficar curtindo o centro histórico, com seus belos prédios e antigas fortalezas (castelos, palácios...) de pedras cinzentas, seus museus (que desta vez só passamos em frente), seus pubs... Seus fantasmas e seu clima medieval cheirando a whisky e ouvindo música celta, mesmo que só na alma...

Vale aqui abrir um parênteses e dar algumas dicas a mais (caso você tenha mais tempo...):

Museus: National Gallery da Escócia (com obras de Gauguin, Cézanne, Monet, Velazquez, etc), o Museu Real da Escócia (especializado em geologia, arqueologia, história natural, ciências, etc.), o Museu da Escócia (especializado em história, ao povo e a cultura), o Museu da Guerra de Edimburgo (localizado no Castelo de Edimburgo), o Museu da Infância ou Museum of Childhood.


Porto de Leith: Totalmente recuperado, conta com vários bares e restaurantes interessantes! Bom pra ficar admirando a paisagem enquanto curte uma boa comida. Um dos restaurantes indicados é o Martin Wishart.

Os parques-jardins cheios de gente...
Dessa vez também não assistimos ao Tatto. Achei que seria uma saco rever aquelas bandas militares, embora que tivesse o lance bem legal das gaitas de fole, etc. e tal. Depois, soube que uma banda militar brasileira tocou lá dessa vez. Teria sido interessante ver? Talvez, mas...

Finalmente, na nossa última noite assistimos a um bom show de jazz e comemos umas ostras maravilhosas e um delicioso "sanduba" de salmão no nosso já familiar pub Royal Café

E, no outro dia, fomos para Londres de trem... Aí já é outra história...

O Jazz...

 
Cheers!


OBS. O Planejamento dessa Viagem que inclui também Londres, O trem Orient-Express, Veneza e Roma estão no Picasa: