sábado, 19 de fevereiro de 2011

CANAL DU MIDI BY BIKE: De Homps a Capestang



O QUARTO DIA: De Homps a Capestang

Apesar do calor durante a noite, o hotel-pousada em si era até legal. O café da manhã, no jardim debaixo de árvores e com vista pro canal, foi ótimo!
Café da manhã nos jardins do hotel em Homps
Nesse dia nos despedimos de Karen e Noemi. Elas iam sair um pouco do Canal Du Midi e iriam pelo Canal de Robine até Narbonne. Nós continuaríamos pelo Canal Du Midi. Assim, seguimos pelo canal e alguns quilômetros depois havia uma bifurcação. Quem ia pra Narbonne pegava um desvio à direita.  By the way, ainda nos encontramos em algumas vilas antes desse local.
O Canal passando por cima de um rio...

Nos nossos planos havia alguns lugares legais pra parar. Um deles era um café em Paraza. Nas fotos da internet, um charme. Ficava no alto com vistas pro canal. Animados, fomos até lá. Mas, surpresa! Estava fechado e só abriria depois de meio dia. Que chato! Tiramos umas fotos e retornamos pro nosso caminho.

Café em Paraza.
As cidades desse trecho eram: Argens-Minervois, Roubia, Paraza, Ventanac-Minervois, Saint Nazaré d’Aude, Le Somail, Mireipesset, Argeliers e Capestang. Além das écluses, passamos por quatro aquedutos, sendo um deles o Épanchoir des Patiasses que regula o nível d’água do canal.


Paramos também em Ventanac, onde tinha uma cooperativa de vinhos. Entramos na loja, vimos um vídeo e saímos em direção a Le Somail.

Ventanac-Minervois
As uvas do Canal...
Eu tava “doida” pra chegar em Le Somail, pois lá havia uma ponte super bonita e que tinha o nome de Saint Marcel (Marcel é o nome de meu filho mais novo). Lá, depois de tirar inúmeras fotos na tal ponte, sentamos num bar bem legal. O bar tinha Wifi e Santiago aproveitou pra ligar pros pais dele. 


Nessa história de ligações pro Brasil e bem descansados olhando a paisagem, demoramos mais do que pensávamos nesse bar. Resultado: deixamos de ver algumas coisas que estavam nos nossos planos, entre elas uma antiga livraria que tem mais de cinqüenta mil livros e um museu de chapéus. 


Tudo fechava “pro almoço” e nós não sabíamos! Não dava pra ficar esperando reabrir, então, nos restou tirar fotos em frente a esses locais e tentar “brechar” o que tinha dentro...

A Ponte Saint Marcel ao fundo
Em ligações pro Brasil...
Ah! Le Somail seria um bom local pra se dormir, mas planejamos pedalar mais quilômetros... Lá tem bares legais, uma noite movimentada (vimos vários anúncios de shows de jazz) e é uma cidade muito bonita!

Le Somail

A livraria em Le Somail...
Na bifurcação. Cruzar a ponte significa continuar pelo Canal du Midi.
Depois da bifurcação a qual me referi antes, parece que a maioria dos “pedaleiros” foi pra Narbonne, pois ficamos um tempão sem ver ninguém... Pra completar, a partir desse ponto até Capestang não tinha nenhuma écluse


Portanto, nada de “paradas” nem de gente, e por incrível que pareça não encontramos nenhum restaurante nem bar... Na verdade vimos uns dois logo no comecinho desse trecho, mas não tinham “boa cara” e resolvemos seguir em frente, pois nos dias anteriores sempre apareciam lugares legais pra se fazer um lanche!

Passando por lugares perigosos. A solução era empurrar a bike!
Nesse dia, passamos fome. Foi “barra”, pois vimos pouquíssimos barcos, pouquíssimas pessoas, e o nosso plano marcava muito menos quilômetros até Capestang do que foi na realidade. Pensamos que estávamos perdidos, mas não tinha outro caminho pra se seguir, então continuamos. 


Pra completar até minha água, que sempre “sobrava”, acabou e fiquei tomando a de Santiago. A única coisa que eu tinha eram umas balas de mel com gengibre! Caramba! Pedalávamos e Capestang nunca chegava. Até que enfim, avistamos uma cidade e era ela. Mas, ainda foi “chão” pra chegarmos até lá!

Com uma fome danada, entramos na cidade, que ficava fora do canal e chegamos a uma praça cheia de bares, mas que não tinham cara de ter comida boa... 

Na praça de Capestang. O jeito foi comer por aí mesmo...
Fomos procurar nosso hotel, que era um “Chambre d’Hote” (tipo um bed and breakfast). Não foi fácil achar, pois a cidade tinha muitas ruas estreitas parecidas e todas aparentavam “desembocar” na praça. Além do mais, chegamos numa hora que a cidade parecia estar “tirando a siesta”. 


Finalmente ouvimos alguém nos chamar pelos nossos nomes. Era François, o dono do “Chambre d’Hote”. Ele nos levou até nosso quarto e depois de um banho saímos pra comer na tal praça mesmo.

Capestang
A cidadezinha foi meio decepcionante, pois parecia com quase todas as vilas desse tipo, sem nenhuma atração a mais. Mas, nosso “hotel” foi ótimo. Apesar de também não ter ar condicionado como o da véspera (aquela história de “em casas antigas com paredes grossas não faz calor...”), tinha seu charme e os donos eram super simpáticos. Nosso quarto era quase um apartamento de tão grande, e era também charmosinho, com plantas e janelas “pro céu”... 


O café da manhã, então, nem se fala! No quintal da casa, num ambiente acolhedor e rústico, nos esperava um “café” familiar que incluía geléias feitas em casa e um pão “francês” que só de pensar, ainda me dá “água na boca”!

Café da manhã em Capestang

O Hotel (Chambres d´hôtes) B&B
Nosso quarto...


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