sábado, 17 de abril de 2010

NYC 2010 (VI): Neve e Sol em NYC




Neve e Sol em NYC (a beautiful day!)

        (quinta, 11 de fevereiro 2010, véspera do aniversário de mãe)

    Procurando uma tal de "Vitória"!!
    Depois de um dia de nevasca, acordo e vou “pra rua”. Nem me lembrava que tinha nevado infinitamente no dia anterior, e me deparo com um monte de neve misturada com "lama de neve" na calçada...Pensei rapidamente em porque não tinha trazido a câmera fotográfica! Mas, segui em frente com o firme propósito de encontrar uma Victoria Secret. Tinha visto que havia uma na Fulton St., numa espécie de shopping “a céu aberto”, um lugar super simpático aqui perto da Wall.
    Que lojinha! Antigamente eu andava por aqui e me deparava sempre com uma delas, mas parece que só porque tou procurando uma, não encontro! Antes de ontem vi que tinha uma na Broadway, mais ou menos perto, peguei um metrô e cheguei rapidinho lá. Quando vi, estava no Soho! Legal, aproveitei e caminhei um pouco por esse bairro “cool” e dei umas olhadas nas outras lojas “famosas” porque a tal da Victoria estava em reforma. Ah, e não pensem que vou atrás da VS por mim não. Eu particularmente detesto perfumes com cheiro doce e acho um tanto brega as lingeries de lá que algumas tantas brasileiras, não sei o porquê, adoram!! Ainda dá pra se usar os hidratantes, enfim... Mas como umas “coleguinhas” adoram essa marca, fui atrás de tal loja, achando antes que me “esbarraria” com uma delas a qualquer instante. Ledo engano! Aqui em NYC o povo não dá valor não, é coisa de turista mesmo, tanto brasileiro quanto europeu, igual à Abercromb (quem não tiver uma camisa dessa marca em Natal, “tá morto”!), que aqui não tem também valor nenhum, mas turista faz fila em frente à loja!
    Voltando a VS, saí andando e comecei a me sentir bem, quase “cantando” (I feel good tchan tchan tchan...) no meio dos restos de neve, embora tentando me equilibrar pra não escorregar. Em vez de cantando na chuva fui cantando na lama da neve, mas com um beautiful sol! Chego ao tal lugar e nada de encontrar essa “maldita” loja... Mas começo a ver que valeu a pena porque realmente o lugar tem um charme especial e comecei a andar e a andar, andar a esmo.... Lembrei de repente que a câmera poderia estar ainda na minha bolsa, desde que voltei de Napa... E, começo a revirar a bolsa (bolsa de mulher é assim mesmo), mão aqui, mão acolá e, acho!! Beleza, comecei a tirar fotos!!
    Animada com a sessão de fotos, esqueço da VS, e resolvo ir mais adiante, até o rio, até o “porto”, e lá me deparo com nada mais nada menos que o Pier 17 (eu ia lá com minha amiga Nina, uma amiga chic, que foi quem me apresentou o tal Píer, um centro de lojas). E eu aqui pensei comigo mesmo: “Mas que lugar legal que Marcel mora, realmente tem tudo por perto”. Entrei “por entrar” no centro comercial do Píer 17 e finalmente encontro uma VS. Comprei o que tinha que comprar, saí de lá “sacando” mais fotos, navios com neve, carros “congelados”, etc. e tal.
    Volto pra “casa” me sentindo muito bem! Sol, sempre me faz sentir bem! O caminho passou a ser uma passeio e voltei literalmente passeando. Vale salientar que quando viajo, faço de “qualquer coisa”, (seja um momento de compra, de saída “por nada”, de um almoço, qualquer coisa que seja,)faço disso um grande evento! Curto mesmo. Antigamente, quando comida de avião era boa (ou bem melhor!) eu curtia até os momentos dos lanches, sempre acompanhados de um vinhozinho! É como diz a famosa frase: a viagem é mais importante que o destino (Eduardo Lourenço: "Mais importante que o destino é a viagem").

    Inglês X Espanhol!
    Ah, esqueci de falar sobre algo importante: do inglês e do espanhol (falo das línguas) por aqui. Na minha ida hoje na busca da VS, não havia tomado café em casa porque tive vontade de tomar algo quente e aqui, no AP., não tinha café nem leite, só suco. Dai parei na primeira “cafeteria” que encontrei e quando ia pedir o café, o cara já se adiantou e perguntou: “Coffe?”. Eu disse que sim, mas titubeei um pouco porque ainda estava escolhendo mentalmente o tipo de café (entre inúmeros) que iria tomar. Como titubeei, o cara me pergunta “Milk?, e rapidamente: Leche?”. Que droga, aqui não se pode titubear no inglês porque imediatamente falam com você em espanhol. E eu querendo praticar meu inglês! Apesar de eu saber falar espanhol (sem modéstia, mas morei em Madrid), eu sempre me faço de doida, porque quero falar inglês, bolas! E, nem sou espanhola, nem colombiana, nem venezuelana, nem peruana, nem mexicana, e muito menos argentina. Quando perguntam eu sempre digo: ”Espanhol não, português, sou brasileira” (isso em inglês, claro!). Ah, aí, quando falo isso eles resolvem falar inglês comigo pacientemente, e tudo dá certo! 
    Na verdade os nova-iorquinos são bem simpáticos (afora alguns, como os taxistas), seja natural ou artificialmente, mas são! Acho que acostumados com a turistada, sempre têm paciência em falar inglês mais claro e nos escutar com um “ouvido” mais apurado! Aqui é bem mais fácil de se comunicar, porque além da “simpatia” deles, sempre que se “esbarra” num americano é “I’m sorry”, “Hi”, “Hey, how are you?”, se é espontâneo ou “aprendido”, ou automático-robotizado, pouco importa. Whatever! Sempre é bom ouvir palavras educadas. E quando a coisa fica difícil, eles apelam pro espanhol (que parecem que aqui todos dominam), que tanto “serve” pros latinos, como a brasileirada entende melhor, quando não conseguem captar o inglês!
    Nesse item da comunicação, não estou elogiando os americanos por elogiar não, até porque muitos desses que nos atendem nem americanos são, e sim latinos, mexicanos, enfim... Mas, que eu me lembre, vá você falar espanhol “portunhol” na Espanha, ou francês “errado” na França, que logo lhe dizem bem antipáticos: “No compreendo” ou sequer lhe dão “bolas”. Abro uma exceção para interiores da Europa, onde o povo é mais simpático. Mas, nas capitais (embora tenha melhorado muito nos últimos anos, talvez pela globalização, pelo fluxo maior de turistas, etc.) a coisa é ainda meio barra.
    Bom, nesse dia de sol, eu não posso mais ficar aqui sentada, e sequer é “a beira do caminho”. Assim que tchau, vou passear por “Noviorque”, como diz minha mãe!

Nenhum comentário:

Postar um comentário